Como o próprio nome diz, a terapia de reposição hormonal oferece ao corpo o hormônio que está em falta nessa fase.

Existem diferentes maneiras de levar esses hormônios para dentro do corpo, além de diferentes dosagens. E cada mulher é uma, o que funciona para um corpo pode não ser adequado para outro.

Mas esse é, até o momento, o tratamento mais eficaz para os sintomas, como explica a endocrinologista Vânia Assaly, membro do Conselho Científico de Re-Age.

Muitas mulheres têm medo da reposição hormonal por conta de um estudo chamado Women's Health Initiative, realizado há mais de 20 anos. Ele mostrou um ligeiro aumento no risco de desenvolver um tumor de mama – embora também tenha identificado a redução de outros, como o do intestino grosso e de endométrio.

A Comissão de Climatério da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia afirma que a terapia hormonal, de modo geral, de fato aumenta o risco de câncer de mama.

Apesar disso, quando respeitados os critérios de sua indicação, o tratamento oferece mais benefícios do que riscos para a maioria das mulheres. Ou seja, se bem indicada, com as menores doses possíveis e acompanhamento médico, a reposição é uma boa solução para a qualidade de vida das mulheres.

Riscos e cuidados com a reposição hormonal

Junto aos benefícios (melhorar os sintomas, ajudar a prevenir osteoporose e reduzir a perda de músculos, entre outros), há sim riscos associados.

Esses riscos dependem de alguns fatores, como o histórico familiar. Câncer de mama na família, por exemplo, é uma contraindicação para reposição. Trombose e doenças cardíacas também exigem investigação extra. Portanto, é importante saber que sim, algumas mulheres não podem fazer a reposição.

O tratamento deve ser extremamente bem avaliado e individualizado. Segundo Vânia Assaly, os médicos devem adotar a menor dose satisfatória para melhorar os sintomas do paciente. Hormônio a mais não é bom para o corpo.

Fica aqui o alerta a muitas mulheres que estão entrando na onda da reposição com os chamados "chips da beleza", que têm doses altas de hormônios e nem sempre são individualizados. Cuidado, esses tratamentos podem fazer mal a sua saúde.

Conclusão: Reposição hormonal pode ser uma grande solução para os sintomas da menopausa, e as sociedades médicas internacionais preconizam que seus benefícios superam os riscos. No entanto, ela deve ser feita na menor dose possível, de maneira individualizada e com acompanhamento médico frequente.

Quando começar a reposição hormonal para menopausa?

Existe uma janela de oportunidade para o início do tratamento da terapia de reposição hormonal para aliviar os sintomas da menopausa.

Quando a menstruação começa a falhar ou quando começam as ondas de calor ou outros sintomas incômodos é o momento para, caso seja indicada, iniciar a reposição. Não existe idade certa: exames e sintomas de cada mulher devem determinar a hora de começar.

No entanto, Normalmente, a reposição hormonal é iniciada na chamada janela de oportunidade, período de 10 anos após o início dos sintomas da perimenopausa, ou até os 60 anos de idade. Essa é a janela considerada de segurança.

Conheça os tipos de reposição hormonal disponíveis para a menopausa

Há diferentes maneiras de administrar os hormônios para a reposição hormonal: via oral, transdérmica (através de cremes e adesivos para a pele) e até mesmo implantes ou DIU com hormônio.

O importante é uma avaliação individual junto com seu médico, para decidir o melhor para você. Não é porque algo funcionou com uma amiga que seria o ideal para você também.

Hormônios sintéticos ou bioidênticos?

Os sintéticos imitam os hormônios produzidos pelo corpo e são fabricados pelos laboratórios farmacêuticos e vendidos nas farmácias em doses padronizadas.

Os bioidênticos possuem a mesma estrutura química e molecular dos hormônios produzidos pelo corpo humano, e podem ser encomendados em farmácias de manipulação na dosagem prescrita pelo médico.

"Ah, o hormônio bioidêntico é melhor porque é natural e não traz risco". Será mesmo?

Cada vez mais vemos afirmações desse tipo sendo propagadas por aí, nas conversas pelas redes sociais sobre menopausa e tratamentos para seus sintomas. O hormônio bioidêntico vem sendo erroneamente divulgado como se fosse "natural” – e isso não é verdade.

Na verdade, o grande diferencial é a personalização da dose, além do eventual uso de hormônios que não existem nas farmácias em doses adequadas à mulher, como DHEA e a testosterona.

O médico precisa entender a melhor opção para cada paciente.

Segundo a endocrinologista e membro do Conselho Científico da Re-Age Vânia Assaly, a opção mais segura para as mulheres é a reposição com hormônios na forma de aplicação transdérmica – seja com hormônio bioidêntico manipulado, seja com o biodisponível vendido em farmácias comuns.

E, sempre, na menor dose possível para melhorar os sintomas.

A vantagem da via transdérmica é que o hormônio não passa por um processo de transformação no fígado, como no caso dos hormônios administrados por via oral.

Na prática, muitos pacientes apresentam alguma dificuldade para processar esses hormônios no fígado, que acabam ficando mais tempo do que deveriam em circulação no corpo – e, assim, trazendo um risco maior para o tecido mamário, por exemplo.

Enfim, um alerta: não é porque um hormônio é bioidêntico que não oferece riscos.

E, mesmo nas farmácias comuns, existem ainda opções de hormônios são "biodisponíveis": ou seja, têm uma boa absorção e são bem reconhecidos pelos receptores de hormônio do nosso corpo, assim como os que foram batizados de bioidênticos nas farmácias de manipulação.

O hormônio mais indicado para a reposição de estrogênio é o do tipo 17 beta estradiol, que é exatamente igual ao que as mulheres produzem. Existem maneiras diferentes de aplicação, que podem ser em gel transdérmico ou adesivos que são colados na pele, produzidos por laboratórios farmacêuticos e vendidos em farmácia comum com indicação médica. Ou seja, o tal hormônio igual ao das mulheres está disponível pronto, com controle da Anvisa e produzido com mais controle de segurança pela indústria.

Não me canso de repetir: médico e paciente devem decidir juntos qual a melhor opção.

Quais hormônios fazem parte da reposição?

O principal hormônio que deixamos de produzir na menopausa, e que causa a grande parte dos sintomas, é o estrogênio. Esse é o principal hormônio numa Terapia de Reposição Hormonal (TRH).

No entanto, mulheres que possuem útero (não histerectomizadas) precisam associar também a progesterona ao tratamento. Ela é utilizada para proteger o endométrio, evitando o espessamento e o câncer de endométrio. Isso é fundamental!

Algumas mulheres também podem se beneficiar de testosterona, hormônio masculino que também pode cair nessa fase.

E se você não puder fazer reposição hormonal?

Se você tiver contraindicação para a reposição hormonal, não pense que não há nada a ser feito. Com mudanças no estilo de vida, atividade física e os suplementos certos, como nossos produtos Meno-Balance e Meno-Energy, você pode passar por essa fase como muito mais leveza e bem-estar. 

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